Materiais para mancais de deslizamento

Partindo da hipótese de que normalmente os eixos são de aço carbono, a bucha pode ser de:
As buchas de babbitt possuem vida útil limitada pela fadiga, principalmente para temperaturas acima de 77 °C, e essas não devem ser usados a temperaturas acima de 121 °C \citep*{Juvinall_Marshek_2011}. As buchas que possuem zinco trabalham bem com pouco suprimento de lubrificante, mas elas perdem essa característica além de outras mais, quando trabalham em ambientes húmidos \citep*{Mott_2013}.
Um grande grupo de buchas é feito de polímeros que geralmente possuem propriedades autolubrificantes, podendo trabalhar a seco, apesar de ser recomendado que trabalhem com lubrificação sempre que possível. Dificilmente se deformam, mas têm pouca resistência ao desgaste. Por outro lado, sua maior característica é a resistência à corrosão. Dentro da sua composição pode haver fibra de vidro, vidro moído, fibra de carbono, pós de bronze, e alguns lubrificantes sólidos como grafite e dissulfeto de molibdênio. Alguns polímeros mais usados para bucha são \citep*{Mott_2013}:

Projeto de mancais de deslizamento com lubrificação marginal

Normalmente o eixo gira ou desliza linearmente numa bucha. O projetista deve calcular qual será o material da bucha, diâmetro interno, comprimento e seu acabamento superficial. Para tal, é importante começar encontrando o produto da carga com a velocidade linear, pV, que é um importante parâmetro para encontrar a capacidade do material em acomodar a energia gerada pelo atrito na superfície que se desliza. Nas Tabelas \ref{Tab1}\ref{Tab2}, apresenta-se alguns polímeros com seus respectivos, pV, recomendados para buchas \citep*{Mott_2013}.
Segundo \citet*{Mott_2013}, para selecionar um material, o pV obtido durante os cálculos deve ser multiplicado por um fator de projeto igual a 2, e somente depois de ser utilizado para encontrar o material apropriado nas tabelas \ref{Tab1} e \ref{Tab2}.